Dizem as más línguas que o trauma compartilhado aproxima as pessoas e cria um laço inquebrável entre elas. Também é dito que esse elo torna nossos semelhantes visíveis pra nós... Tipo um marca texto mágicko na sociedade cinzenta.
É assim que funciona o mecanismo que faz cada um de nós encontrar novos membros das nossas famílias espirituais por aí, manja?
Dá pra enxergar rastros desse tal sublinhado pelas ruas apontando o caminho.
Bom, pelo menos é nítido, através da boa vontade Cósmica, que estamos todos expostos a fim de aparecermos pros nossos irmãos:
– “Hey, eu te vi!”.
Durante o cotidiano sentimos presenças se manifestarem num curto raio de ação e nos ambientes mais curiosos.
Somos vizinhos, inegavelmente, e não somos os únicos da linhagem na redondeza – “Que alívio, mano! É apenas questão de tempo pra nos cruzarmos.”.
A galera do dia a dia humano? Não temos vínculo com ela, disso eu sei. Somente cumprimos nossas obrigações de sobrevivência mundana e já era... Nada além do trivial.
Nós, os Caídos, nos mantemos camuflados, brincando no teatro banal, participando das gincanas sociais e fingindo a clássica demência (nos faz suportar a chatice da realidade humana terráquea).
Claro... Estamos sempre de passagem. É uma vida na estrada.
Arrumamos bagunças homéricas, recolhemos corpos e seus destroços, exorcizamos pragas e evacuamos cidades inteiras... Libertamos prisioneiros, viajamos pelas das Fendas Intergalácticas e vislumbramos vários mundos.
A loucura mãe do sapiens (narcisismo e futilidade) não é capaz de nos enganar. É involuntário, entende? Baboseira nenhuma convence um filho de Pater Lux e Mater Ishtar.
Em meio a tantos acontecimentos sórdidos, relatos de cair o queixo e tarefas esquisitas, fazemos nosso trabalho.
Assistimos, de cima, o desenrolar típico das comédias humanas (ópio do povo) e acomodados nos melhores assentos da plateia.
Um mix de privilégios, méritos e ossos do ofício. Isso tudo une os Caídos e sela uma parceria superior ao tempo.
Enfim...
Muito trauma compartilhado, muitos elos estabelecidos (esmagadora maioria a distância), responsabilidades que contextualizam Famílias Estelares antiquíssimas, chamados mágickos, etc., mas espera...
Se estamos tão próximos dos nossos irmãos, por que, em nome de Júpiter e Netuno, ainda não podemos nos encontrar? Por que, c*ralho?
Tá pior que o “Bate Papo do Uol”, no começo dos anos 2000. Lá, ao menos, às vezes víamos a foto da pessoa com quem conversávamos...
Aliás lá, ao menos, conseguíamos estabelecer uma mísera conversa...
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Texto e foto por Dan DellaMorta
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