A foto acima é do início dos anos 2000. Cena registrada através da Yashica Lens 38mm, câmera analógica popular na época.
Eu e meu irmão curtíamos bastante explorar os becos de São Vicente, litoral sul paulista, enquanto meu pai participava das aulas especiais de Karatê (Shorin Ryu) na cidade.
Esse monumento foi erguido em homenagem ao Ipupiara, uma raça de Guardiões Marinhos famosa nas tradições regionais Tupis-Guaranis desde o século XVI, Brasil Colônia.
Sua função é impedir que as praias brasileiras sejam invadidas por intrusos.
Contam as lendas que o Ipupiara protege os portões dos Reinos Subaquáticos a mando da Deusa do Mar e mutila e come a carcaça dos seus inimigos.
Os antigos povos Tupis-Guaranis o temiam tanto, que evitavam até navegar pelo Mar em determinadas fases do ano, receando serem confundidos com invasores pela fera metade homem metade peixe.
O nome Ipupiara vem do Tupi-Guarani e significa “aquilo que tá dentro d’água; ou demônio/homem marinho”.
Há um relato, ano de 1564, do surgimento de um Ipupiara na Capitania de São Vicente.
Uma índia chamada Irecê perambulava a noite na praia do Gonzaguinha quando avistou o bichão.
Ela comunicou o Capitão Baltazar Ferreira, que foi à praia averiguar a aparição do tal monstro. Ao constatar a natureza sobrenatural do Ipupiara, uma batalha foi travada entre ambos, onde o peixão foi perfurado na barriga e morto.
Segundo as descrições do historiador e cronista português Pero de Magalhães Gândavo, em seu livro História da Província de Santa Cruz, o corpo do Ipupiara foi levado até a praça e exposto a multidão perplexa.
A Besta tinha 3,5 metros de altura, braços longos, barbatanas, dentes pontudos, corpo coberto de pelos e focinho com bigode.
Enfim, meus consagrados...
Quis somente compartilhar um pequeno fragmento das histórias realmente interessantes desse país e que as escolas jamais divulgarão.
Lendas as quais foram tão vivas e importantes que resistiram a passagem dos séculos e ainda permanecem ali a mostra pros olhos que sabem enxergar a verdade por trás delas.
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Texto e fotos por Dan DellaMorta
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