quinta-feira, 23 de junho de 2022

• Duendes - Mal’Dittini


Duendes. Criaturinhas lindas e meigas, certo? Bom, uma parte delas com certeza transborda educação do mais alto nível Cósmico. Mas nem tudo o que parece ser bondoso de fato é.

Nesse dia tão sapeca falarei sobre uma raça de Duendes que minha família – Os DellaMorta – chama de “Mal’Dittini”, uma variação do termo em italiano “Piccoli Maledetti”, que em português significa “Malditos Pequeninos”, ou como digo “Filhos da P*ta do Car*lho”.

Os Duendes são uma espécie de Seres Sobrenaturais originários da Magia Primordial dos Elementos, ou das suas ramificações. Como a natureza também tem seu lado trevoso, há os Duendes criados a partir dos atributos malignos do poço. Aí entram os Mal’Dittini.

Nonna Bianca costumava contar uma lenda que nos arrepiava até os pelos da bunda:

– “Bambini miei, se não houver Lua no céu escuro da noite, jamais assoviem três vezes seguidas, porque um Mal’Dittini aparecerá no quarto, enquanto vocês dormem, e colocará uma barata nas suas bocas e costurará seus lábios. Sabe por que esses sem vergonhas o fazem? Porque a barata é a forma obscura dos feitiços de um antigo Bruxo do mal e esses Duendes são seus servos. Elas – Baratas – colocarão ovos nos seus estômagos e o ‘Nefasto’ irá corroê-los de dentro pra fora.”.

Velha louca! Nos fazia cagar nas calças. E quem ousaria assoviar depois dessa história? Mas sempre a perdoávamos após os pães maravilhosos que ela fazia.

Tem também outra lenda diferente, porém relacionada. Li no diário do ancestral Luigi DellaMorta, datado do século XIX, que as crianças nascidas entre 23 de Julho e 31 de Agosto, durante Lua Minguante ou Nova, em anos ímpares, vieram de uma das 13 Falanges da Magia Negra.

Elas são caçadas pelo Nefasto e seus servos – Os Mal’Dittini – e algumas são levadas às profundezas do submundo. Assim o Bruxão das trevas construiria um exército capaz de assolar a humanidade e libertar do poço os Deuses Caídos, incluindo o Deus Vampiro: Nya Topec.

Por isso, quando ofereço vinho e mel aos Seres da Floresta e aos Elementais, deixo claro que nenhum “Maldito” é bem-vindo ao banquete. Seleciono a dedo meus convidados, pois sei que, junto deles há penetras portadores de pragas. 

“Olhos abertos".



Texto e vídeo por Dan DellaMorta

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segunda-feira, 20 de junho de 2022

• Crônicas de um Xandariano | Café, refúgio na praia e divã.


O barulho do trovão, abafado pelas janelas fechadas, embalou a pergunta que me foi feita:

– Como tem passado, cabra? – Tá aí uma questão delicada.

Capitão Zé Alício, amigo de longa data, me visitara nessa noite no apê litorâneo que aluguei há uns dias pra escapar do caos humano e queria saber sobre mim. 

Impossível não expor o óbvio, ainda mais prum irmão. 

Cutucar a ferida é tenso, mas creio que é a única forma de forçar a cicatrização. Vai saber se essa conversa é um antisséptico espiritual...

– Cap., to aqui e agora – Comecei respondendo, mesmo sem saber direito o rumo da prosa – Lutando pra sobreviver. Tá foda. Todo dia é um desencontro novo... Todo dia é a velha ladainha de buscar e nunca encontrar e nem ser encontrado. E as armadilhas então, rapaz?!

Sentado numa cadeira e debruçado na mesa, com seus anéis de prata refletindo a luz lá de fora da iluminação pública, Cap. acendeu seu cigarro, tragou, segurou a fumaça e em seguida expirou observando a chuva caindo na rua.

– Bichinho, pra que carregar essa bigorna no peito? – Indaga Cap. com seu sotaque cearense – Pra variar você parou pra notar ao lado de quem tem andado? Os tipos de enredo trazidos? Já te disse que quando sentir a cabeça desnorteada é por conta daquilo assimilado do “vizinho”. Nada foge do que tu já conhece.

Cap. sempre correto. 

Ele é verdadeiro e clareia as ideias até da mente mais envolvida pelas sombras. 

A solução desses problemas até parece evidente, porém só parece. Qualquer palavra dita em momento de crise é bálsamo. Ainda mais se vinda daqueles que compreendem na íntegra o dilema... E sem julgamentos.

Após escutar meu amigo puxei a cadeira estofada da mesa e sentei ali de frente pra ele. Peguei um cigarro e servi café quente e amargo pra nós:

– Cap., você tem razão. Eu complico muito as cois...

– Nada, homi! – Me cortou – São apenas ossos do ofício... Nem se envergonhe. Somente seja mais forte do que os demônios. Mostre o poder da chefia! Foco nas alturas, lembra? Só assim não vai desperdiçar o melhor de ti.

– Cap.? – Aproveitei a deixa pra perguntar – Acha que to ficando doido? É inaceitável que meus sonhos, as vozes e os olhares sejam frutos da imaginação. São fortes demais pra isso. Sei o que vejo. Você sabe do fundamento. 

Levantei da cadeira e parei de frente à janela molhada e fiquei olhando os balanços do parque sendo movidos pelo vento:

– Sinto presenças na redondeza. Claro, ninguém se revela. Entretanto, se essas pessoas podem ser identificadas nesse grau de Magia Cósmica, é porque são como nós. Enfim, a sensação de tentar agarrar o vento é desesperadora... Sei que estão perto, porém onde?!

– Hahaha! – Cap. riu alto – Quantas vezes seu coração errou, homi? Paciência! O medo distorce sua visão. O que tu vê tu vê!

Uma mistura de entusiasmo e “esperança renovada” me fez chorar. 

Tanta coisa azucrinando a mente e, do nada, um amigo alivia meu stress e restaura minha fé através de uma conversa honesta e fraternal.

Ao invés dos trovões, agora a música “Darkness Darkness”, do Robert Plant, compunha a trilha sonora. A seleção aleatória do celular foi oportuna pra caralho.

Fechei os olhos.

Respirei fundo. 

Traguei a música como se tragasse o cigarro e a segurei dentro de mim. 




Caralho, mew... 

A vida nunca esteve tão real.





Texto, desenho e foto por Dan DellaMorta

Vídeo Robert Plant - Darkness Darkness extraído do Youtube.

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quinta-feira, 9 de junho de 2022

• Stranger Things | Hellfire Club - Referências aos belos clássicos!


Durante os anos 90 muitos filmes, séries de tv, livros e músicas foram inspiração de vida pra maioria da minha galera.

A maior parte de nós (a tal“Geração Y”, “Millennials”; ou até “Última Safra dos Bons Lunáticos”) cresceu tendo como parâmetro grandes enredos poéticos e entusiasmantes.

Era o final da época que foi responsável por encorajar os nascidos românticos a sempre acreditarem na possibilidade de algo fantástico acontecer todos os dias.

Éramos instigados a descobrir mundos ainda inexplorados e a sonhar com aventuras épicas.

Essas produções cinematográficas, literárias e musicais despertaram na alma dos extraterrestres talentos e vocações.

Assim, acompanhando nossas histórias sendo contadas através de outras histórias, íamos recordando, aos poucos, da nossa Identidade Cósmica e nos elucidando nossas missões terrenas.

STRANGER THINGS é uma produção bastante especial, porque resgatou toda essa magia de outrora e a inseriu de volta na sociedade atual com uma força pop a qual não era vista há anos.

A criação dos Irmãos Duffer fez a nossa vibe de “Bons Lunáticos” ser vista novamente e ganhar notoriedade entre os diversos lixos culturais recentes. E foi EXCELENTE, pois deu um alívio imenso conseguir enxergar outras pessoas também falando a mesma língua.

É por isso que, pra muita gente da minha galera, STRANGER THINGS é um marco, ou seja, a carismática e super bem-vinda compilação de referências aos inigualáveis clássicos do milênio passado.

É recordar do princípio... Reparar metas e prioridades... Reaprender como encontrar porto seguro na realidade...

Praqueles que cresceram tendo esses incentivos artísticos pro amadurecimento espiritual, STRANGER THINGS será inesquecível graças ao abraço restaurador que deu nos fãs do EXTRAORDINÁRIO – Os inconformados inimigos da normalidade chata mundana.




É o poder da ARTE único e puro: INSPIRAÇÃO!






Texto e fotos por Dan DellaMorta

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sexta-feira, 3 de junho de 2022

• Sextou!


Sextou!

Novamente sou a minha própria FESTA, graças aos Deuses!

Pros Ciganos sempre existe motivo pra festejar, pois viver é o ato de produzir e espalhar alegria, amor e saúde.

A noite é bela e jovial! Ela nos ensina, através da sua Magia Atemporal, o valor das coisas e pessoas.

Ou seja, a noite nos instrui, com muito carisma, a enriquecer o propósito de cada brinde, purificar as risadas, enfeitiçar as danças e valorizar o mais importante: A FAMÍLIA... Os que foram, os que permanecem e os que virão.

Sextar não representa somente a cerimônia de encerramento da semana mundana.

Vênus, Deusa regente das sextas-feiras, nos ensina que Sextar é se entusiasmar pela BELEZA no UNIVERSO... É se dedicar a PAIXÃO, ao ROMANCE e a FRATERNIDADE.

Sextar é vestir uma linda roupa, esbanjar a fragrância do seu melhor perfume e colocar suas joias.

Ainda que seu rolê seja sozinho dentro de casa, o gostoso é se enfeitar pra você e não pra alguém, pois você merece se agradar!

Portanto, se faça feliz!

Abra uma, duas, três, garrafas de vinho (Salute!)... Peça uma pizza transbordando queijo e ponha na JBL a sua playlist preferida pra tocar.

Dance debaixo das Estrelas, pule e cante alto! Voe no infinito e sonhe os sonhos mais deslumbrantes!

Sextar é algo sagrado, em?

Vamos relaxar e comemorar!


FANTÁSTICO FINAL DE SEMANA AOS VERDADEIROS!


Shile Marrej!

Iluminado seja!



Texto e foto por Dan DellaMorta

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quinta-feira, 2 de junho de 2022

• Desabafo a Três


Hoje eu tava na rua e vi uma pessoa parecida com você.

Pra variar enxerguei o seu rosto estampado em outro alguém.

Uma meiguice no olhar inconfundível e também um grito de socorro que quase ninguém escuta, ou poderia ajudar.

Triste sina, no geral. Sempre a mesma coisa. Incessantemente sempre a mesma exaustiva e cruel ilusão que me faz te sentir por perto, ainda que eu saiba consciente que você não está aqui.



Como diz a canção do The Cure, "não importa o quão longe, te amarei eternamente".

Mas será que, em nome das Estrelas que nutrem os desejos mais profundos dos poetas e dos navegantes da Jornada das Eras, só nos é permitido o amor à distância?

Não me conformo com essa ideia, nem quero pensar nela. O fantástico que corre em nossas veias, e faz do nosso sangue vermelho como um vinho envelhecido e saboroso – das brisas as melhores – não me deixa ser tão cético e genérico.

A insanidade entranhada na sociedade humana luta pra me levar.

A cada dia faço esforços dignos de uma história épica pra me manter íntegro e fiel ao meu coração e ao nosso mundo. Acreditarei em seus olhos até o fim, mesmo que o fim seja sem o seu companheirismo, pois os seus olhos são a única orientação e motivação que possuo.

Diante disso dá pra concluir que ver por aí gente parecida com você, da forma que comecei esse meu singelo devaneio, tem o seu lado bom e ruim.

É péssimo, porque é como tentar agarrar o vento... Sal na ferida...



É benção, porque põe mais alguns gravetos na fogueira de vida (Inapagável) que existe em mim.

A esperança é vaga. Já a convicção se sustenta em fatos e através deles se fortalece.

Que seja então um sinal Cósmico de um tão aguardado reencontro.



☆ Ego Sum Convictus ☆



 

 

Texto e fotos por Dan DellaMorta

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• Gestões péssimas são contra o home office

Diversas pesquisas apontam que o home office (híbrido ou 100% remoto) está cada vez mais presente no mercado de trabalho. A prática veio pra...