Desde moleque sou assombrado pelo medo da juventude ir embora e eu não ter vivido momentos memoráveis... Ricos de paixão e encanto.
Apesar da jovialidade ser primeiramente característica da alma, cada época da vida exalta um tipo de enredo e o consagra de forma especial. Inegável.
Tá aí uma oração profunda pra que tudo não tenha sido e seja em vão.
A ideia do auto desperdício é pavorosa, ou mais assustadora é a possibilidade de eu nem sequer possuir conteúdo significativo pra ser desperdiçado.
O conceito da solidão causa o pânico incontrolável. O clássico: “rodeado de muitos, porém ainda assim sozinho...”. E isso significa incompatibilidade e não anti-sociabilidade no tom grotesco da arrogância e do preconceito.
Forçar a barra irrita, manja?
Noutra analogia barata, tentar calçar um tênis número 37, se calço 43, é burrice, ou seja, mesmo se entrar, vai machucar os pés durante a caminhada.
É uma car*lha ser poesia e viver em rimas. Desejar suplicando uma resposta recíproca e um gesto carinhoso de amores e irmãos e receber, na curiosa maioria das vezes, migalhas.
Enfim, passo longe dessas questões fubegas humanas de “melhor ou pior”, “certo ou errado”.
O X da questão aqui é somente encontrar aliados e coerência, sentido e transcendência, originalidade e essência, etc..
Há tanta coisa dahora pra tornar realidade, tantas histórias e núcleos pra conhecer e encarnar, incontáveis aventuras recheadas de magia a serem vividas. Mas quando? Como? E com quem?
Contudo, sei que o medo distorce a visão, podendo até cegar.
Tudo o que vemos a partir do medo é mentira. Parasitas de todas as espécies e lugares nos causam o terror a fim de nos enfraquecer e vampirizar nossa força vital.
O jeito, então, é continuar a luta, neh?
Ainda que tomado pela confusão e pelos surtos, porque a solidão bateu forte, algo positivo manifesta ordem no meu coração na necessidade: O INSTINTO.
Seja ele o que for, considero fielmente o norte que me aponta.
Medo nenhum me fará perder a convicção nos momentos grandiosos e fantásticos os quais sinto nos ossos que desfrutarei bem acompanhado...
O vazio tá aí pra ser contestado... E preenchido eventualmente.
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Texto e foto por Dan DellaMorta
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