Recordações do ano quando ganhei o prêmio “Revelação de Jornalismo Investigativo” da Gazeta Atenta por ter descoberto um antigo cemitério clandestino nos arredores do meu bairro, Vila Formosa, São Paulo, SP, Braaaazellll.
O cemitério datava do século XVIII e abrigava corp*s de diversos inimigos da monarquia colonial portuguesa. Inclusive era também “depósito” pra esconder ouro, joias, entre outros objetos valiosos, acumulados através de séculos de saqueamento lusitano em terras brasileñas.
Havia ruínas duma tumba soterrada no pé dum morro numa praça, cobertas pelas raízes de várias árvores, que pareciam ser de influência barroca.
Por incrível que pareça, encontrei artefatos arqueológicos interessantes: lanças do período clássico romano, algumas imagens de faraós da Era Ptolomaica do Egito Antigo. E o que lembro que me deixou mais boquiaberto foi ter achado ali uma cópia talhada em obsidiana do Livro de Anpu (Anúbis).
Foi um momento e tanto na minha vida. Memorável, porque depois do acontecimento, uma série de novas aventuras surgem uma mais louca do que a outra. Um divisor de águas tanto pra consolidar uma vocação, um trabalho, quanto pra confirmar o que sempre soube em relação a história contada nas escolas: tudo balela.
Algumas recordações servem pra, um dia, resgatarem em nós a inspiração capaz de concretizar grandes sonhos. Elas foram o “ponto de start”, a consagração do amor e a propagação da vibe e do encantamento.
Me lembrarei eternamente.
Quando você gosta mesmo de algo, seja lá o que for vai gostar bastante de ti.
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Texto por Dan M. DellaMorta
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