sexta-feira, 26 de abril de 2024

• Ficção ou realidade: a arte imita a vida ou a vida imita a arte?

 

Imagens: Pinterest.

 

Desde muito criança, quando comecei a viajar nas diversas dimensões de filmes e seriados televisivos, consigo receber orientações Cósmicas provenientes da sétima arte e, por consequência, estabelecer paralelos com as realidades terráqueas. Mas, atualmente, todo esse lance de ver e ouvir “nossas histórias contadas através de outras histórias” tem tomado proporções preocupantes.

 

A partir do momento que enredos como os de Exterminador do Futuro, Matrix, X-Men, Senhor dos Anéis e Harry Potter começam a ser repetidos fora do cinema, também existe um alerta que não pode ser desprezado.

 

A saga de Sarah Connor e seu filho John Connor contra as máquinas, e as crônicas da prisão virtual de Matrix (onde humanos são cultivados em safras e permanecem adormecidos, presos na ilusão de viver), nos advertem sobre os perigos do avanço desenfreado da Inteligência Artificial e suas consequências. Claro que as tecnologias necessitam evoluir pra melhorarem nossa qualidade de vida. Mas até onde o progresso é benéfico e quando passa a ser arriscado? Confesso que a ausência de uma discussão às claras e frequente sobre o tema me tira o sono.

 

Os arcos dos heróis mutantes da Marvel Comics, junto dos seus icônicos vilões, mestres em genética, Sr. Sinistro e Apocalypse, reforçam que o caos sanitário é recorrente e sempre há um autor. Novos vírus surgem e ninguém parece habilitado a traçar suas origens corretas... Naturais ou sintéticas. São muitos “por quês” pra escassas respostas convincentes. Afinal, além dos espetáculos midiáticos, qual trama é desenrolada atrás das cortinas desse teatro?

 

A Magia presente nas histórias de Harry Potter e Senhor dos Anéis instiga os seus espectadores a duvidarem mais, a terem maior reverência aos mistérios da vida e a não subestimarem o desconhecido. Por exemplo: personalidades maléficas de um passado não tão distante como Grigori Rasputin (1869-1916), conselheiro do Império Russo, se intitulava "santo" e "bruxo". Apesar de haver várias lendas entorno da sua biografia, a influência de Rasputin na família do Czar Nicolau II foi ferramenta decisiva pra queda do império e o advento da Revolução Russa de 1917.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial o 3º Reich tinha como um dos seus principais líderes o general alemão Heinrich Himmler (1900-1945), um dos cabeças das piores atrocidades já vistas na história contemporânea da Terra. Himmler era assessorado pelo austríaco Karl Maria Wiligut (1866-1946), conhecido como Weisthor, sacerdote de uma ordem ocultista do começo do século XX. Wiligut era tido como “mago pessoal de Himmler” e orquestrava diversos rituais secretos, os quais visavam alcançar a pureza racial, entre outras barbaridades nazistas.

 

Enfim, é comum eu escutar as pessoas rebatendo argumentos como os citados, baseados em fatos, com frases tipo “isso é insanidade”, “está vendo muito filme”, “conspiração demais”, etc.

 

Contudo, a única observação que faço e refaço é que, lá atrás, essas mesmas sandices “nada a ver”, isto é, os enredos que a ficção trabalha hoje pro entretenimento, foram o bastante pra inspirar monstros a cometerem crimes indizíveis. Será que o cenário atual do mundo está tão distante disso tudo mesmo? Basta uma leitura varrida na sociedade pra enxergarmos uma resposta triste e irrefutável – religião e política credenciando ataques em massa e sofrimento no globo inteiro.

 

Os sinais estão sendo dados incessantemente, nas várias esferas do cotidiano e, cada vez mais, distantes de folclore e do âmbito das imaginações férteis. Seria maravilhoso e aliviador, se a humanidade conseguisse parar um pouco e se atentar às pontas soltas deixadas pelos representantes sociais agora... Seria ótimo... Enquanto muito ainda paira somente na atmosfera dos mitos, HQs, lendas, longas-metragens, séries...







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Texto por Dan M. DellaMorta

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segunda-feira, 8 de abril de 2024

• 8 de abril: Dia Internacional dos Ciganos




Hoje, 8 de abril, é Dia Internacional dos Ciganos, ou seja, uma data dedicada a celebrar e honrar não somente uma etnia milenar, mas também um conjunto de tradições intimamente conectados aos mistérios infindáveis do Universo.


Sou metade italiano e metade cigano (espanhol/marroquino). E, no que diz respeito a parte cigana da família, meu bisavô paterno veio de Granada, Espanha, no começo do século 20 e se estabeleceu na zona leste paulistana, onde participou ativamente da fundação da Vila Formosa, abrindo ruas e avenidas, construindo olarias, etc.


Conforme relatos da minha avó, meu bisavô era filho de ciganos cuja linhagem se originou do Marrocos. Quem já observou o mapa da África + Europa, e conhece um pouco de história, sabe que a conexão entre Espanha e Marrocos é geograficamente próxima.


Apesar do folclore secular cristão favorecer os preconceitos contra o povo cigano, vale lembrar que gente ruim, de má índole, existe em quaisquer nações e contextos. Estereótipos são criados pra todos... Sejam eles ciganos, italianos, espanhóis, franceses, portugueses, japoneses, chineses, brasileiros...


Os ciganos surgiram de parte do Oriente Médio e da Ásia. Eram comunidades autônomas, sendo eles excelentes artesões e comerciantes. Com o passar do tempo se espalharam pelo leste da Europa e norte da África. Com o advento das grandes navegações, começaram a emigrar pras Américas.


O avanço do cristianismo e do islamismo contribuiu pra que várias famílias ciganas fossem expulsas de suas terras e tivessem suas riquezas saqueadas ao longo dos séculos. Dessa forma, durante a Idade Média e até a Contemporânea, muitos se tornaram andarilhos.


Contudo, ser cigano vai além de DNA. Ser cigano é contemplar e promover a liberdade. É cultuar o belo e inspirador. É honrar os ancestrais, proteger a família e construir legado. Portanto, hoje é dia de reforçar ao mundo a independência espiritual do meu povo e mostrar que nossa cultura é parte da vitalidade que nutre o planeta.


Um salve caloroso aos meus, aos seus e aos nossos! Alleh! ✨












Texto e foto por Dan DellaMorta

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• Gestões péssimas são contra o home office

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